Saímos com uma temperatura de 12º, tempo nublado, seguimos pela RN 9 em uma reta de mais ou menos 50 km até a RP 323, essa estrada estava em péssimo estado, graças a Deus foram só 21 Km. A partir de Simoca começou a chover leve e a partir de Monteros começamos a subir uma serra na chuva. Serra estreita e com curvas fechadas, tipo Serra do Rio do Rastro.
Quando atingimos o topo da serra, a chuva parou, e com isso deu para secar as roupas…
Poucos km a frente chegamos a Tafi del Valle, uma cidade turística a 2000 m de altitude. Paramos para abastecer e tomar um refrigerante.
Estava sentado tomando um energético, quando uma moça veio e me pediu para ligar a moto dela com o pedal, pois a partida elétrica não estava funcionando. A moto era uma 125, pensei coisa fácil de fazer. Me enganei, quando montei na moto pensei, como ela consegue andar com essa moto. As manetes estavam duras, para engatar uma marcha era uma coisa quase impossível. Fiz varias tentativas e a moto não pegava, então o rodrigo foi empurrando e tentei pegar no tranco, nada….. desisti….. e já estava muito cansado….. ela resolveu deixar a moto lá e chamar o irmão.
Seguimos viagem e começamos a subir uma nova serra que atingiu 3000 m de altitude, a pista muito boa.
Quando começa a descida, a estrada começa a ficar em estado ruim, mas vale a pena. No final da serra, em Amaicha del Valle paramos em um posto e encontramos dois motociclistas argentinos.
Logo depois do posto vimos um museu arqueológico e resolvemos fazer uma visita.
Seguimos o caminho até chegar na ruta 40, asfalto muito bom, mas notei que em determinados trechos havia umas depressões feitas de concreto…. fiquei pensando o que seria aquilo, e acabei percebendo que eram locais para escoar agua, na época de degelo deve formar verdadeiros rios. Passei por vários sem precisar diminuir a velocidade, pois todos estavam secos. Só que uma surpresa me esperava, quando me aproximava de uma dessas depressões, mantive a velocidade como nas anteriores, mas chegando perto vi que essa estava com água, tentei frear mas vi que não daria tempo, soltei os freios, firmei a moto e passei, agua voando para todos os lados…… tinha acabado de passar por um rio no meio da estrada. Depois desse pequeno susto….. seguimos e chegamos em Cafayate, onde ficaremos 2 dias.
Quando chegamos no hotel encontramos um casal de Londrina. O Rodrigo ficou no hotel descansando e eu fui dar uma volta na cidade para me localizar e abastecer.
Votei ao hotel e a noite jantamos com os novos amigos, resolvemos ir no restaurante Baco, uma indicação que eu tinha, o Enrique é o dono e é motociclista.
No dia seguinte fiz um passeio pela cidade caminhando, vi o museu do vinho, o lar de idosos, a discoteca e o mercado, que por sinal era muito feio…. descobri a sorveteria que foi pioneira no sorvete de vinho torrontes, notei que o povo é muito religioso, a igreja estava lotada e as crianças também frequentam.
Voltando para o hotel encontrei um grupo de brasileiros e ficamos quase 3 horas conversando, inclusive convenci eles para fazerem uma parada antes do passo Jama, pretendiam sair de Cafayate e ir direto até San Pedro do Atacama, pela distancia seria tranquilo, o problema seria o horário que estariam passando pelo paso.
Quando cheguei , coloquei para carregar o que faltava e tomei um banho. Saímos para a almoçar e escolhemos o El comedor Criollo, não achei nada de mais. O melhor viria agora, sorvete de vinho torrontes, muito gostoso e alcoólico….kkkk
O final da tarde, tirei para descansar e arrumar as coisas. A noite jantamos uma pizza em um restaurante da praça. A pizza era com uma massa grossa, mas para minha surpresa era uma massa bem leve….. deu para comer ela inteira….
Hora de dormir….. amanha estrada
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