domingo, 18 de maio de 2014

Trocar a moto

Chegou a hora de trocar a moto, fazer um upgrade, meus amigos me perguntam, porque trocar a moto?

Eu não tenho uma resposta certa, só sei que a hora é quando você está querendo e quando você tem as condições para fazer. Estou querendo, não porque a V Strom seja ruim, muito pelo contrario, é uma moto maravilhosa, estou muito feliz com ela, mas….. sempre queremos alguma coisa mais….. Quanto ao ter as condições $$$$, isso a gente corre atrás…..  kkk

Não sei porque, talvez pelo preço, fiquei interessado na Triumph XC 800. Isso ficou na minha cabeça…. nem pensei em outra possibilidade. A partir desse momento comecei as pesquisas sobre a moto, a cada coisa que lia a vontade ia aumentando….. ficava sonhando e viajando na internet, mas sei que antes tenho que vender a V Strom.

Sempre que começo a sonhar com alguma coisa, sei lá se é coincidência ou o que…. mas começam a acontecer fatos que vão me levando na direção desse sonho.

A Fabi um dia me perguntou se poderia ir pega-lá na Rua Joaquim Floriano na hora do almoço, combinamos o horário, e quando estava indo, ela me ligou e disse que estava atrasado o exame, agora tinha que fazer uma horinha…. adivinhem o que tinha há um quarteirão?  Uma concessionaria da Triumph…. fiquei esperando lá… kkkkk

Quando a vendedora falou o valor que pagariam pela minha moto como parte de pagamento, o sonho desabou….. um valor ridículo….

Passei a semana pensando o que fazer, resolvi colocar a V Strom a venda e esperar…..   Há dois dias recebo um telefonema, adivinhem…. o vendedor de outra concessionaria Triumph, fazendo um convite para fazer o Test Ride no sábado. Como já tinha me desiludido pelo valor oferecido na minha moto pela outra concessionaria…… dei uma desculpa…..

Agora me falem…. alguém esta ou não querendo me dizer alguma coisa ?

No sábado fomos pegar os resultados dos exames. Já estava na precisando trocar o óleo do carro, então seguimos até próximo do shopping Morumbi onde sempre faço a troca…… No caminho nos deparamos com um transito monstro, devido a obras na avenida Santo Amaro, isso num sábado, e tive que fazer um desvio por ruas que nunca tinha andado…… só sabia o sentido que deveria seguir….. e o que a aconteceu ? passei em frente a Concessionaria da Triumph, não resisti, fiz o retorno e entrei….

Fiquei olhando a Tiger XC 800, a loja estava lotada, por sinal o vendedor nesse dia vendeu 12 motos. Quando o vendedor nos atendeu, mais uma coincidência, ele tinha feito estágio com a Fabi. Enquanto esperávamos a Fabi achou mais bonita a Tiger Explorer 1200, kkkkk, eu também, mas o $$$$ pelo que sabia era bem maior. Em fim fomos atendidos, papo vai, papo vem, fiquei sabendo do preço da 1200, não era tão alto assim….. A Fabi disse, temos um carro parado, se vender ele, podemos comprar essa…..

Acabei fazendo o Test Ride na 1200….. meu Deus que moto….. e agora?

O Claudio ( vendedor ) fez cotação da minha moto e para variar, aquele preço……. Mesmo assim ele se dispôs a tentar negociar a minha moto e ficou de me ligar durante a semana….

Agora duas coisas para fazer: vender a moto e o carro….

Triumph Tiger Explorer 1200

sexta-feira, 9 de maio de 2014

The End

Após 36 dias, 13720 Km rodados, e muitas paisagens maravilhosas. Uma aventura planejada por um ano, período esse que podemos considerar como inicio da viagem.
No inicio do planejamento, achava que seria uma viagem cansativa, me enganei, chegando ao final, se fosse necessário começaria tudo novamente.
Minha preocupação em fazer a viagem solo, era em um caso de pane, como faria naquelas estradas desertas ? Pude constatar que pelas Rutas sempre se encontra pessoas dispostas a ajudar, principalmente a um motociclista.
Durante a viagem não pensávamos o quanto ainda faltava para terminar, o nosso pensamento era somente no trecho que seria percorrido naquele dia, e tentar aproveitar o máximo cada trecho. No dia anterior procurávamos informações do caminho, previsão do tempo e principalmente a velocidade dos ventos, que foram os maiores inimigos.
Em todos os lugares que parávamos as pessoas nos recebiam muito bem, sempre tentando ajudar ou simplesmente chegavam perto para ver a moto e perguntar de onde vinhamos e para onde íamos, achavam o máximo uma viagem dessas de moto.
Encontramos companheiros motociclistas no caminho, uns indo outros voltando, jogamos conversa fora, trocamos informações….Enquanto estávamos na estrada, foram muitos os cumprimentos, sinais de luzes que nos deram.
Uma pessoa muito importante foi a Fabi, minha esposa e garupa, que mesmo nos momentos de perrengue, ela estava rindo ( não sei se de nervoso….rsss) . Alguns momentos ficava preocupado com os ventos, a chuva, a noite que chegava,  e perguntava se ela queria parar ou continuar….ela respondia: Isso faz parte, vamos em frente….Isso me dava uma tranquilidade e continuávamos, só fazia uma parada imprevista, quando os riscos eram grandes, por exemplo chuva + noite ou chuva + vento. Trinta e seis dias na estrada e acreditem se quiser…..NENHUMA briga…..
Também gostaria de agradecer a todos os amigos que ajudaram, dando sugestões e conselhos para essa empreitada e também aqueles que nos acompanharam virtualmente…em especial ao Beto Sampa do AME-BR ( apoio ao motociclista estradeiro) que me monitorou durante toda a Viagem.
Fazer uma viagem de moto tão longa, é uma experiência única, tudo que acontece, que se vê, fica na memória e é impossível descrever com fidelidade. Recomendo a todos que façam pelo menos uma vez na vida !!!!!!

Você sempre vai querer planejar melhor,
Nunca haverá dinheiro suficiente,
E o momento ideal não existe.

Portanto, encontre a coragem,
Tome uma decisão,
Prepare o quanto puder e
Vá adaptando o resto pelo caminho.

Será a melhor época de sua vida.”                                    
Grace e Robert


FIM  

domingo, 4 de maio de 2014

Viagem ao Fin del Mundo em Números

Moto Suzuki VSTROM 650 (bagagem e garupa)

- 36 dias de viagem

- 4 Países (Brasil-Uruguai-Argentina-Chile)

- 10 passagens de fronteira

- 2 cruzamentos da Cordilheira  dos Andes

- Maior altitude : 3180 metros

- 13.720 Km : 400 Km rípio, 13320 Km asfalto ( 80 % ótimo estado, 10% boas condições e 10% razoáveis)

- 26 Hotéis

- 58 abastecimentos

- 725 litros de combustível

- Consumo:  Médio  – 19 Km/L
                   Maior   - 9,1 Km/L
                   Menor  – 23,2 Km/L

- Valor combustível:  Brasil        – 3,10 R$/L

                               Uruguai     – 4,16 R$/L

                               Argentina  – 3,00 - 3,19  R$/L
                                                      2,25       R$/L (Sul)

                               Chile         – 3,65 R$/L
(cambio do dia 05/05/14)

- Manutenção Moto: 3 trocas de óleo, 1 ajuste de corrente

- 0 furos de pneu

- 1 queda sem danos importantes

- 1 propina de 70 reais

sábado, 3 de maio de 2014

Considerações finais sobre a Moto e os Equipamentos

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1. A VSTROM 650 se comportou muito bem durante toda a viagem, confortável tanto para o piloto como para a garupa. Fez uma média de 19 Km/L, com isso tinha uma autonomia de 418 Km, porém recomendo levar pelo menos um Bidon para garantir. Utilizei uma vez, quando peguei vento contra e a moto fez 9 Km/L .

2. Lubrificante de corrente Motul off-road C3, muito bom, e não acumula sujeira.

3. Vacina contra furos nos pneus Motovisor, não senti nenhum problema no balanceamento, e não tive pneus furados.

4. Pneus Anakee 3, depois de 14000 Km rodados, estão praticamente novos, um pouco quadrados, mas o que esperar, quando se anda em linha reta a maior parte do tempo. No asfalto e chuva se comportaram bem, no rípio não recomendado, a não ser que diminua a calibragem, mas nem sempre temos como fazer novamente a calibragem correta quando chegamos no asfalto.

5. Protetores de mãos da SW Motech com alma de alumínio, na queda que sofri no rípio, protegeu minha mão e a manete da embreagem.

6. Protetor de motor da GIVI, perfeito, protegeu completamente a carenagem da moto, também na queda.

7. Cavalete central, item indispensável em uma viagem longa, facilita na hora de manutenção e lubrificação da corrente.

8. Bidon Bremen,  pratico para fazer o abastecimento.

9. Bauletos GIVI, totalmente impermeáveis, o do lado esquerdo sofreu apenas um dano na parte inferior na queda, mas mesmo assim, resistiu a chuva.

10. Bolsas internas dos bauletos laterais, facilita na hora de entrar nos hotéis.

11. Tank Bag Axio, útil para carregar os eletrônicos, documentos, mapas, canetas e outras coisas pequenas, com fácil acesso.

12. Jaqueta e calça Dainese, 100 % impermeáveis,apenas cuidado com os bolsos externos, onde as coisas ficam úmidas. Usando com segunda pele e camada intermediaria, foram suficientes para temperaturas inferiores a 0º.

13. Botas Dainese Fulcrum, 100 % impermeáveis, confortáveis e mantem os pés quentes mesmo com temperaturas baixas.

14.Luvas Dainese Jerico, 100 % impermeáveis, mas no frio intenso, não foram suficientes, mesmo usando uma segunda pele.

15. Intercomunicadores Cardo G9, deram uma comunicação perfeita, mesmo em velocidades altas e com ventos fortes. Deixam a viagem mais segura e divertida para o piloto e garupa.

16. GPS Garmin Zumo 220, item muito útil, principalmente dentro das cidades, o único problema que tive foi a partir de Punta del Leste, que ele não recarregava na moto, mas isso foi contornado, eu fazia o carregamento nos hotéis e no deslocamento em estradas eu  o mantinha desligado, só ligava nos trechos de dúvida. Por isso sempre leve um mapa em papel.

17. Apoio de mão para acelerador, facilita e relaxa nas retinhas.... NÃO use no rípio ou nas cidades, acaba atrapalhando o controle.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Dia 05/04/14 - Curitiba - São Paulo

Dia de voltar pra casa...
Saímos de Curitiba após o café da manhã... eram onze horas... céu limpo, calor. Esse trecho já conhecemos na palma da nossa mão, então sem novidades.......

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Paramos no Posto Alpino, antes da serra para descansar...
Depois rodamos até o Posto Petropen, onde abastecemos e fizemos um lanche...

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Esse foi o ÚNICO acidente que vimos em 36 dias de viagem....
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Decidimos ir pela Serra do Cafezal... tivemos sorte... sem trânsito...

Chegando em São Paulo já bate o medo... não posso ver uma moto com dois que já fico preocupado.... foi o que aconteceu.... depois da Serra do Cafezal cruzei com uma moto dessas... enrolei o cabo e só diminui quando entrei no Rodoanel. Também uma zona conhecida de assaltos.... resolvi sair rápido pela Raposo Tavares, que pelo que sei tem menos risco. E logo encontrei a minha escolta até o final da estrada..... kkkkk
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Chegamos em um posto no Butantã, abastecemos e seguimos pra casa, antes deixamos a moto na casa da minha mãe...

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